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Famílias estão saindo do rotativo, seja por conta própria ou por ação de instituições, diz BC

Famílias estão saindo do rotativo, seja por conta própria ou por ação de instituições, diz BC
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O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, afirmou nesta terça-feira, 2, que os dados de saldo das operações de cartão de crédito indicam uma composição de maior qualidade. Enquanto o saldo de cartão à vista, o mais representativo, subiu 13,5% em 12 meses até fevereiro, o do rotativo caiu 27,2% no mesmo período.

“Isso é relevante por si só. As taxas do rotativo são elevadas, as pessoas devem evitar essa modalidade ou sair o mais rápido possível. Mas o rotativo surge de faturas do crédito à vista que não são pagas ou não são pagas em sua totalidade. Então as pessoas estão diminuindo a entrada do rotativo, seja por conta própria ou por ação mais forte de instituições de oferecerem novas linhas”, afirmou o representante do BC.

Sobre o novo indicador de crédito, que busca acompanhar o cumprimento do teto para juros no rotativo e no parcelado do cartão de crédito, Rocha avaliou que ainda são muito iniciais. A lei do Desenrola determina que os juros e encargos sobre as modalidades só podem chegar a 100% do valor da dívida original.

Até agora, o indicador mostra o comportamento dos juros em relação à dívida original das operações realizadas desde 3 de janeiro, quando a lei começou a valer. Dessa forma, Rocha explica que, no percentil 99, que representa 99% das operações realizadas por cada banco (que tendem a acumular as operações contratadas há mais tempo), a expectativa é de que os juros em relação à dívida original cresçam até a quinta divulgação, com os dados de maio, e depois se estabilizem próximos ao teto.

“Não importa qual taxa de juros o banco coloca no contrato com o cliente, por determinação legal só pode ir até 100% da dívida original. A taxa de juros do rotativo do cartão vai determinar a velocidade com que o montante de juros vai chegar ao valor original da dívida e vai ter de parar de acumular”, explicou Rocha. “Não dá para dizer que a taxa de juros da divulgação de janeiro é maior ou menor do que a de fevereiro. É um indicador para ver o cumprimento da lei, não se a taxa de juros subiu ou desceu”, completou.

Na atualização de fevereiro, no percentil 99, a maior parte das instituições financeiras (7 de 15) informou aumento da proporção de juros em relação à dívida original, conforme o esperado. Seis mostraram manutenção e apenas duas tiveram redução: Banco Bmg (de 28,77% para 18,99%) e Portoseg S.A. CFI (21,09% para 20,78%). As taxas em fevereiro no percentil 99 variaram de 15,25% (Nu Financeira) a 28,33% (Banco CSF).

Nesta terça, nas Estatísticas de Crédito, o BC informou que, considerando o saldo total, o juro médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito caiu 6,8 pontos porcentuais de janeiro para fevereiro.

A taxa passou de 419,3% para 412,5% ao ano. Foi a nona queda consecutiva. Em maio de 2023, a taxa estava em 454% ao ano. “A gente espera que continue essa redução de taxa.”

No caso do parcelado, o juro passou de 187,8% para 184,5% ao ano entre janeiro e fevereiro.

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Notícias ao Minuto Brasil – Economia

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