Estudantes que levaram calote há 18 anos realizam sonho da placa de formatura
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Após um calote, foram 18 anos de espera até a turma de Odontologia de 2004 da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) conseguir ter uma placa de formatura na parede da faculdade.
O sonho foi impedido na época após os formandos serem ludibriados e, desde então, eles se comprometeram a um dia retornar aos corredores da universidade para preencher o espaço que sempre foi da turma.
Os alunos se reuniram agora em julho, devidamente uniformizados com a camiseta da equipe e finalmente conseguiram comemorar a conquista. Para eles, o momento foi de emoção e muita nostalgia!
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Realização de um sonho
O cirurgião-dentista, Saulo Roberto Mioto da Costa, de 40 anos, foi quem ficou responsável por organizar um grupo com todos os alunos da turma e planejar o momento tão esperado.
Na época, Saulo era presidente da comissão de formatura e conta que lidar com o problema da placa, foi bem difícil. Dessa vez, ele fez questão que tudo saísse como o planejado.
Foi também Saulo quem fez as honras e deu as primeiras palavras antes de, finalmente, inaugurar a tão sonhada placa.
Emocionado, o dentista relembrou que aquele espaço pode não ter muitos significados para quem não fez parte da turma de 2004, mas que para os alunos é uma boa lembrança que precisava ser criada.
O calote
“Na época da formatura nós fomos atrás de uma empresa para fazer a placa e recebemos a indicação de uma que já havia feita para outras turmas. Fizemos o pagamento de 50% e, na semana da instalação, não conseguimos mais contato com eles”, contou.
Os alunos lembram que, após a formatura, até passaram alguns anos sem tocar no assunto.
“A gente tinha até parado de pensar nisso, mas um colega que mora em Cuiabá esteve na UFMS neste ano e ficou chateado porque viu a placa de todas as outras turmas, menos a nossa”.
Nova comemoração
A turma conta que o maior incentivo para comprar uma placa de formatura foi realizar o sonho antigo deles. Só que também havia a vontade de fazer um reencontro e eles aproveitaram o momento para isso.
“Eu sempre gostei das festas, das reuniões. Então é muito gratificante rever essas pessoas, até porque muitos se tornaram amizades prolongadas”, diz Saulo.
“Eu avisei que só iria pagar o restante da placa quando fizesse o descerramento, dessa vez tinha que dar certo”, brinca Juliana Alves Teixeira, de 39 anos.
Sonho roubado
Hoje cirurgiã-dentista, Juliana foi uma das alunas da turma de 2004 e, em conjunto a Saulo, ficou responsável por organizar o evento tão esperado.
Feliz por finalmente ter a placa exposta ao lado das outras turmas, ela lembra que a situação acabou virando piada no decorrer dos anos.
“O nosso sonho de placa foi roubado e ficamos conhecidos pela turma dos sem placa. Por todo tempo houve um vazio ali na parede, mas fizemos uma vaquinha e todo mundo foi muito solícito para dar certo”, conta Juliana.
Assim como os colegas, Juliana explica que além de finalizar a etapa que faltava, o evento também foi uma alegria por gerar o reencontro da turma.
“Algumas pessoas não conseguiram participar, mas faz parte. É sempre muito bom rever os colegas e ter esse momento”, concluiu.
Ex-alunos fizeram uma reunião com colegas para o momento especial. – Foto: Paulo Francis
A turma na época da formatura, em 2004 – Foto: arquivo pessoal
Com informações de Campo Grande News
Só Notícia Boa
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