Dep. Diego Guimarães diz que pacientes temem paralisação de serviços de hemodiálise em Guarantã do Norte
O deputado estadual reuniu-se com Guilherme Maluf, conselheiro do Tribunal de Contas (MT), para debater como aprimorar o atendimento no município
O deputado estadual Diego Guimarães (Republicanos) afirmou nesta terça-feira (18) que pacientes temem a eventual paralisação dos serviços de hemodiálise prestados pelo Centro de Tratamento Renal Natal Gomes em Guarantã do Norte.
Devido às dificuldades financeiras e estruturais, o centro de tratamento não recebe novos pacientes. Eles, então, se deslocam aos municípios vizinhos a fim de realizar a hemodiálise.
Conforme o deputado, a longa distância prejudica as finanças e a saúde dos pacientes que procuram tratamento.
“Os pacientes que estão sendo atendidos em Guarantã têm esse temor: se não viabilizar [o centro de tratamento], vai fechar? Não pode. Temos que cuidar de pessoas e o dinheiro público tem que ser aplicado em quem precisa. A maior parte dos municípios sonham em ter clínica de hemodiálise, porque a pessoa fica debilitada e se mover por longas distâncias causa desgaste”, avaliou.
“Temos pacientes que, três vezes por semana, viajam 250 km para fazer hemodiálise sendo que há uma clínica em Guarantã, que traria conforto, economia e qualidade de vida. Queremos a clínica funcionando e possibilitando uma restauração da saúde dos pacientes”, acrescentou.
Durante a manhã, Diego reuniu-se com o prefeito, Alberto Márcio Gonçalves (Novo), e conselheiro do Tribunal de Contas (TCE-MT) Guilherme Maluf para debater como manter e aprimorar os serviços da unidade.
Na ocasião, o deputado afirmou que Guarantã enfrenta um “dilema” na busca por ofertar serviços de alta complexidade na Saúde.
“Me coloquei à disposição para destinar emenda, pois sabemos que todo recurso empenhado na Saúde é pouco para as necessidades que temos. Guarantã enfrenta esse dilema de precisar mais investimentos para manter aberto esse centro de tratamento”, completou.
“O peso de cuidar”
Conforme o conselheiro Guilherme Maluf, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT) pode destinar recursos se o centro de tratamento atender os requisitos exigidos pela avaliação técnica.
Além disso, destacou a importância de aprimorar os serviços da unidade para fornecer melhores condições de tratamento aos pacientes.
“Acertamos um prazo relativamente curto para a SES se pronunciar, então cada um assumirá as suas responsabilidades. Existem questões técnicas que precisam ser resolvidas, pois a clínica é de alta complexidade, senão o paciente pode padecer”, considerou.
“Quem tem um renal-crônico na família sabe o peso de ter que cuidar do transporte e das necessidades, pois a hemodiálise é realizada por anos durante a espera pela fila de transplante. É importante um acolhimento humanizado aos pacientes”, concluiu.
