Mato Grosso entra em alerta por causa da falta de chuva; 24 municípios com seca extrema
O aviso foi dado pelo Governo Federal em uma nota técnica do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais
Com 24 municípios em situação de seca extrema, Mato Grosso está sob alerta, já que a situação ainda pode piorar até o fim de setembro. O aviso foi dado pelo Governo Federal em uma nota técnica do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).
Segundo o documento, a “situação permanece crítica” principalmente em Mato Grosso. No país, 200 municípios enfrentam a seca extrema, sendo os estados mais afetados São Paulo, com 82 cidades nesse cenário, e Minas Gerais, com 52 localidades sob alerta.
Em Mato Grosso, a situação é mais grave em Apiacás (1.010 km ao norte de Cuiabá), onde foi registrado o início da seca no segundo semestre de 2023, com intensificação dos problemas climáticos de junho a agosto. De acordo com Cemaden, além da intensidade da seca, essa é uma das mais longas das últimas décadas.
“Com relação à avaliação dos impactos da seca em áreas de atividades agrícolas e/ou pastagens (agroprodutivas), de acordo com o índice integrado de seca, 1.532 municípios apresentaram pelo menos 40% das suas áreas de uso impactadas no mês de agosto de 2024. Desse total, 963 municípios tiveram mais de 80% de suas áreas agroprodutivas afetadas pela seca, concentrando-se principalmente em Minas Gerais (333), São Paulo (275) e Mato Grosso (86)”, diz trecho da nota técnica.
Além da agricultura, outro setor produtivo em Mato Grosso também tem sofrido com a falta de chuvas, que já ultrapassa os 100 dias. “É importante ressaltar que os impactos serão mais severos na produção pecuária, já que as pastagens nessas regiões poderão apresentar baixa qualidade devido ao prolongado déficit hídrico e à baixa umidade do solo”.
Ainda segundo o documento, o prognóstico é de que a situação ainda piore. Isso porque “a previsão meteorológica indica um provável atraso no início da próxima estação chuvosa, o que resultará na prolongação do período de estiagem nos rios de todas as regiões do país, com exceção da região Sul”.
Por THALYTA AMARAL