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Mulher atacada com ácido vira capa de revista de moda; veja as imagens

Mulher atacada com ácido vira capa de revista de moda; veja as imagens
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Patricia Lefranc” foi atacada com ácido sulfúrico pelo ex-namorado em 2009, no município belga de Molenbeek-Saint-Jean, na região de Bruxelas. Agora, quase 15 anos depois, é a capa de um livro de moda, que, segundo a agência de notícias Reuters, tem como objetivo “sensibilizar para os efeitos devastadores da violência com ácido”.

“Aprendi a me ver [após o ataque]”, contou Lefranc à Reuters, enquanto folheava o livro de moda repleto de fotografias suas captadas pelo fotógrafo britânico Rankin. “Se tivesse visto estas fotos de mim mesma há cinco ou seis anos, estaria em lágrimas”.

“Vai parecer duro dizer isto, mas aprendi a viver com esta feição desfigurada. Sou eu”, acrescentou a mulher, atualmente com 59 anos. 

Patricia Lefranc” é um dos rostos da nova campanha de Rankin e da organização não-governamental Acid Survivors Trust Internacional (ASTi), que tem como objetivo “sensibilizar para os efeitos devastadores da violência com ácido e para a correlação geográfica entre a utilização de corrosivos pela indústria, nomeadamente na moda e nos têxteis, e a frequência dos ataques”.

“As áreas afetadas pela violência com ácido em países como  Bangladesh, o Camboja e o Paquistão são as áreas onde existe uma grande base industrial de moda”, explicou o diretor-executivo da ASTi, Jah Shah, à Reuters.

“O livro de moda é uma ferramenta de advocacia concebida para aumentar a consciencialização e encorajar a tomar medidas para ajudar a prevenir ataques, introduzindo controles mais rigorosos em torno de substâncias corrosivas que têm sido usadas como arma por homens contra mulheres”, acrescentou, frisando que ocorrem, pelo menos, “10 mil ataques com ácido por ano em todo o mundo”.

“Lefranc” foi atacada por um ex-namorado após ter decidido terminar a relação. Segundo a própria, o homem se passou por um entregador para abordá-la. 

“Fiquei rastejando, não conseguia andar, e vi que o meu braço estava a derreter como uma aspirina. Pensei para mim mesma: ‘Vai morrer aqui'”, recordou.

Após o ataque, a mulher, mãe de três filhos, ficou três meses em coma e foi submetida a mais de 100 operações, tendo ficado com o corpo coberto de cicatrizes.

Veja as imagens na galeria acima.

 

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