Rivaldo fala sobre relação com torcidas: “Não pude fazer história pelo clube, saí muito cedo!”
Em mais um episódio do “Fala, Rivaldo”, o embaixador da Betfair falou sobre sua relação com os torcedores de todos os times que jogou e da Seleção Brasileira
“Sem torcida não tem jogo, não tem futebol, não tem nada”. Foi assim que Rivaldo começou mais um episódio do “Fala, Rivaldo”, série de entrevistas exclusivas com o craque disponível no canal da Betfair no YouTube. Nesse novo vídeo, o pentacampeão contou suas principais histórias com as torcidas dos times por onde passou em sua carreira.
Paixão pelo futebol x profissionalismo
Rivaldo nunca escondeu que seu time de coração é o Santa Cruz, de Pernambuco. Porém, essa relação mudou quando o camisa 10 se profissionalizou. “Depois que a gente começa a jogar, acaba esquecendo um pouco. Como você está em outro time e não está vivendo na região, a gente acaba esquecendo aquele momento. É claro que a gente vê pelas redes sociais e pela família, mas temos que ser profissionais quando estamos em outro clube”, comentou.
Hoje Rivaldo fica só na torcida, e o craque confessou que isso pode ser um grande desafio. “É difícil assistir a um jogo de time ou da Seleção. Você fica se mexendo na cadeira, você quer jogar e ajudar. Gostava muito de estar dentro de campo. Quando você assiste fica nervoso, querendo ler e imaginando o que teria feito naquela jogada, dando aquele palpite vendo jogo”, comentou o pentacampeão.
Os diferentes tipos de torcida, segundo Rivaldo
Na entrevista, o embaixador da Betfair analisou a diferença entre os torcedores dos clubes e os torcedores da Seleção Brasileira. “Aqueles que torcem para os clubes são apaixonados e sempre querem o melhor pro seu time. Na Seleção é totalmente diferente. Às vezes ele nem torce para clube nenhum, mas gosta da Seleção Brasileira, gosta da Copa do Mundo”.
Na sequência, o pentacampeão comentou sobre a relação com a torcida de seu primeiro clube. “Qualquer atleta gosta de jogar com campo cheio e com a torcida a seu favor. Desde a época que comecei no Santa Cruz já gostava, mesmo sabendo que é uma pressão enorme e era moleque no time com uma torcida fanática como a do Santa Cruz. A gente sente muito o que o clube está passando”, relembrou.
Rivaldo ainda falou sobre sua saída rápida do clube e como isso “afetou” sua história no time. “Passei pouco tempo aqui no Santa Cruz, não tive tanta chance de jogar porque com 19 anos já fui para São Paulo. Posso até dizer que não fui ídolo dos torcedores do Santa Cruz porque saí muito cedo, não pude fazer história pelo clube. Mas é sempre uma torcida apaixonante e sempre me deram moral aqui em Pernambuco”.
A torcida fazendo a diferença
O ex-jogador lembrou da experiência com as torcidas do Corinthians, Palmeiras e Barcelona. “As torcidas de Corinthians e Palmeiras são fanáticas. Uma torcida que me marcou bastante foi a do Barcelona. Em vários momentos a torcida gritando seu nome, ecoando no estádio inteiro com quase 100 mil pessoas. Isso também aconteceu no La Coruña e até lá na Grécia, onde eles também são fanáticos por futebol. Quase todos os clubes que passei sempre tive uma torcida apaixonada pelo futebol e por mim. É muito importante ter esse carinho da torcida quando você está jogando bem”, relembrou.
Energia da torcida adversária
Rivaldo comentou sobre como os jogadores reagem ao que ouvem dos torcedores. “Dá para escutar a torcida, tanto quando é positivo, ou quando ficam te xingando. Já joguei contra o Real Madrid, em Madri, e a torcida deles ficava xingando e você escuta tudo. Não é legal, mas te dá uma emoção e empolgação para jogar bem e fazer gol. Lembro que nesse dia fiz dois gols com eles me vaiando. Mesmo sendo contra é legal, quando você está em um clube grande como o Barcelona, você precisa de personalidade e tranquilidade para jogar quando toda a torcida está contra você”.
O embaixador da Betfair também comentou sobre jogar em casa quando o time está mal. “É ruim quando você joga em casa com sua torcida e a situação não é boa. Você está jogando mal e sua própria torcida começa a te vaiar. Teve um jogo onde estávamos perdendo de 4 a 0 para um time da Ucrânia e toda a torcida estava nos vaiando. Ao mesmo tempo, eles aplaudiam o adversário que estava humilhando a gente”, relembrou.
Relação com a torcida do Corinthians
“A torcida do Corinthians é uma que ajuda muito o clube e seus jogadores. Em qualquer momento eles estão lá apoiando, mas quando o resultado não vem eles cobram bastante, assim como todas as equipes. Mas o Corinthians é assim, eles ajudam nos momentos difíceis e sempre estão querendo ajudar os jogadores a sair daquela situação”, comentou.
Rivaldo também comentou sobre os episódios negativos com a torcida. “Passei por um momento difícil no Corinthians. Estava indo para a Seleção e alguns torcedores falaram que se isso me atrapalhasse no Corinthians eles iriam fazer alguma coisa, aí conseguem seu telefone e fica difícil”. Porém, ele viu o caso como algo isolado dentro da torcida do time. “Mas tenho um carinho especial pelo clube e respeito muito. Eles me viram no interior e me contrataram, tenho carinho enorme pela torcida. Foram dois, três torcedores que ligaram me ameaçando, mas o restante dos torcedores sempre me respeitou”, comentou Rivaldo, embaixador da Betfair.
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