Réu confesso, tio disse que sobrinha ainda estava viva e deu golpes de enxada na cabeça dela

Em depoimento, José disse que abusou sexualmente de Yara em sua casa, localizada no sítio em que trabalha e depois a sufocou
Estuprada e morta pelo tio José Marcos da Lima, Menina Yara Salvador Matiello, 9 anos, mandou mensagem para a mãe pelo WhatsApp avisando que estava com ele. Menor foi asfixiada e morta com golpes de enxada, na madrugada dessa quarta-feira, 20,, em Terra Nova do Norte .
Em depoimento à Polícia Civil, por volta das 8h dessa quarta-feira, a mãe, Doriana Salvador Matiello, comunicou o desaparecimento da filha. Ela indicou o seu próprio irmão como responsável pelo desaparecimento, pois Yara tinha encaminhado uma mensagem para ela pelo WhatsApp.
José Marcos compareceu na delegacia, mas inicialmente negou que estava com a sobrinha e disse que não sabia onde ela poderia estar. Ele alegou que não estava na cidade entre terça , 19, e quarta-feira.
No entanto, horas depois, ele resolveu confessar o crime informando todos os detalhes. Em depoimento, José disse que abusou sexualmente de Yara em sua casa, localizada no sítio em que trabalha e depois a sufocou.
Em seguida, ele pegou o corpo da criança e uma enxada para cavar a cova. Acusado contou que atravessou o rio Batistão com Yara nos braços e, ao chegar no local, aproximadamente 5 metros às margens do rio, percebeu que a menina estava se mexendo e deu golpes de enxada na cabeça dela.
Ele levou a polícia até o local, em uma chácara às margens da BR-163, e apontou onde o corpo estava enterrado. Restos mortais foram recolhidos para investigação.
Apagão
O carpinteiro J.M.S.L., de 29 anos, preso após confessar que estuprou e matou a sobrinha de 9 anos, alegou que teria sofrido um apagão por conta do abuso de drogas e quando acordou estava na cama ao lado do corpo da menina. Em depoimento à Polícia Civil, o criminoso disse ter saído por volta das 21h, para ir até a cidade comprar pasta base de cocaína “e retornou ao sítio onde trabalhava e morava”.
Ele, então, teria acordado às 3h, e foi quando viu o corpo da sobrinha ao seu lado. Assim, J.M.S.L. arrastou a criança pelos braços até o mato, na região do Rio Batistão, e enquanto cavava o buraco teria visto a menina mexer a mão.
Dessa forma, ele afirmou ter se apossado de uma enxada e deu uma pancada na cabeça da menor, matando-a. Em seguida, enterrou a menina e retornou para casa.
Já às 4h30, ele disse que levantou para trabalhar e por volta das 5h viu que trocou mensagens com a menor. Sem lê-las, ele apenas apagou as mensagens.
Depois, descobriu que a família da criança tinha anunciado o desaparecimento dela. Horas depois, o patrão de J.M.S.L. foi até o sítio avisar sobre a ocorrência e que seria ele o principal suspeito. Assim, o assassino foi até a cidade e compareceu na delegacia junto de sua irmã, mãe da menina, e decidiu confessar o crime.
Consta ainda no documento que ele foi acolhido pela irmã depois de se mudar para o Município a trabalho. Ele viveu por quatro meses na casa da vítima, e tinha se mudado para o sítio há duas semanas. O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil.
Da Redação