Bananicultura: adubo orgânico aumenta a produtividade e pode auxiliar na supressão de pragas e doenças
A cultura da banana requer tecnologias, processos variados e manejos específicos para que se tenha qualidade na produção, especialmente quando se trata da preparação e adubação do solo
Segundo Fernando Carvalho, a bananeira desenvolve-se melhor em solos arenoargilosos, com boa drenagem e supridos com matéria orgânica. Nesse sentido, os adubos orgânicos da Tera Nutrição Vegetal são verdadeiros aliados, visto que proporcionam os seguintes benefícios: fornecem todos os macro e micronutrientes às plantas; ampliam a capacidade do solo em reter nutrientes, evitando perdas e gerando economia na manutenção da área aplicada; são ótimos condicionadores físico e biológico do solo, retendo umidade; ricos em matéria orgânica e substâncias húmicas, estimulando o crescimento das plantas e o surgimento de novas radicelas (performance radicular); promovem supressão a diversos microrganismos fitopatogênicos; e têm efeito residual, mantendo a função biológica prolongada da aplicação.
“Como resultados, os nossos fertilizantes orgânicos proporcionam aumento da produtividade e maior eficiência da adubação mineral. São indicados para manutenção e reposição da matéria orgânica em solos, além de potencializar a formação de radicelas”, ressalta o engenheiro agrônomo da Tera.
Produtores de banana que utilizam o insumo atestam os ganhos agronômicos. Trabalhando com bananicultura há mais de 25 anos, o engenheiro agrônomo e produtor Edson Akira Hazome Hayashi, da cidade de Registro, interior de São Paulo, utiliza os adubos orgânicos da Tera em sua propriedade. “Os resultados foram muito positivos para a cultura. O composto melhorou a estrutura do solo, tornou as adubações mais eficientes e trouxe maior uniformidade no tamanho dos cachos” explica.
O agricultor considera o uso do composto na agricultura muito importante, pois, além de ajudar no desenvolvimento das plantas, contribui para a sustentabilidade, já que, para sua fabricação, são reaproveitados os resíduos orgânicos das indústrias e cidades. Assim, materiais que geralmente iriam para aterros sanitários voltam ao campo, fechando o ciclo produtivo.
Edson Hiroshi Ohia, engenheiro agrônomo e bananicultor na cidade de Sete Barras-SP, também utiliza o adubo orgânico da Tera Nutrição Vegetal. Ele explica que já fazia compostagem na propriedade. Levava de seis meses a um ano para conseguir obter o produto e, mesmo assim, não tinha boa qualidade. “Fiquei impressionado quando vi que os fertilizantes Tera Nutrição Vegetal ficam prontos em 60 dias”.
Segundo ele, a banana-da-terra, uma das variedades cultivadas em sua propriedade, comumente é muito atacada pela broca-do-rizoma, inseto cujo nome científico é Cosmopolites sordidus, sendo necessária a aplicação de defensivos. Depois que iniciou a fertilização da lavoura com o fertilizante da Tera, não precisou mais utilizar inseticida e as mudas que vieram posteriormente conseguiram sobrepor-se à praga, barrando sua interferência na produção.
Além de utilizar o adubo orgânico em sua produção de bananas, o produtor testou o desempenho do composto em plantas ornamentais e na olerícola “Nirá”, pertencente à família da cebola e alho. Nesta última, que normalmente é muito atacada por ferrugem, houve excelentes resultados, eliminando completamente a incidência da doença nas plantas.
Dados do setor
A banana é uma das frutas mais consumidas pelo brasileiro e seu cultivo está distribuído por todo o território nacional. Ela ocupa o segundo lugar em quantidade de frutas produzidas no País, sendo superada apenas pela laranja, e a terceira posição em área cultivada. Praticamente, toda a produção é destinada ao mercado interno, sendo exportado apenas 1%.
Com produção média de um milhão de toneladas por ano, São Paulo é o estado que mais produz banana, de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE). Também é o único responsável pela exportação brasileira da fruta, que, em sua totalidade, sai da região do litoral paulista, particularmente do Vale do Ribeira. O Estado da Bahia é o segundo maior produtor, com 878,5 mil toneladas anuais. Seguem-se Minas Gerais, com 801,7 mil toneladas, e Santa Catarina, com 714,3 mil toneladas/ano (LSPA/IBGE).
O faturamento do setor é de R$ 13,8 bilhões por ano, conforme informações da Embrapa. Os tipos de banana mais cultivados em terras brasileiras são as de mesa, como a prata, nanica, maçã e ouro. Cada bananeira produz de cinco a 15 pencas de uma só vez.
A bananicultura também desempenha um papel social importante. A atividade é fonte de trabalho em toda a cadeia, desde o plantio da fruta até a venda nos supermercados, varejos e bancas. Gera 500 mil empregos diretos. Quase metade da sua produção vem da agricultura familiar.
Sobre a feira
A Feibanana reúne produtores rurais, pesquisadores, universitários, alunos secundaristas, técnicos agrícolas, engenheiros agrônomos e todos os demais participantes da cadeia produtiva da fruta. É uma feira e espaço para apresentação e discussão de assuntos essenciais às boas práticas agrícolas, novos métodos de cultivo e manejo da cultura. Também proporciona intercâmbio de informações entre todos os participantes.
Segundo Rafael Peniche, organizador do evento, em sua última edição a feira recebeu cerca de sete mil pessoas durante os três dias. Para este ano, a expectativa é de 10 mil visitantes. Ele destaca que está prevista a participação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas; prefeitos e vereadores das cidades do Vale do Ribeira; secretário estadual da Agricultura, Antônio Junqueira; e deputados estaduais e federais com atuação no Vale do Ribeira. “A Feibanana proporciona visibilidade à bananicultura da região do Vale do Ribeira, onde 80% da economia é centrada nessa fruta. Queremos trazer novas tecnologias, ofertas de produtos e insumos agrícolas e o que há de mais moderno para o cultivo”, acentua.
Este ano, a atividade prática com os produtores, que normalmente acontece durante a feira, será diferente. “Devido à grande ameaça para a bananicultura mundial da Fusariose Raça 4 Tropical e a iminência da chegada em solo brasileiro, teremos apenas um dia de campo e nesta programação, teremos a participação de representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária, orientando os produtores, na prática, sobre a importância de se prevenir contra esta e outras doenças presen
tes nos bananais”, explica. Também haverá palestras no auditório principal com foco na doença Raça 4 Tropical.
Além disso, haverá um espaço mais amplo dedicado ao artesanato regional, com derivados de banana. As palestras serão realizadas em roda de conversa ou painéis, com o objetivo de aproximar o público dos profissionais e especialistas do setor. “Também teremos um caldeirão com doce de banana para distribuição gratuita aos visitantes da feira”, finaliza Rafael.
SERVIÇO — FEIBANANA 2023
Data: 9,10 e 11/05, das 12h às 22h
Local: Centro de Eventos Pariquera-Açú
Endereço: Avenida Olímpica, SN, Centro, Pariquera-Açú — SP
Exposição do fertilizante orgânico Tera Nutrição Vegetal: Estande 32
Entrada: Gratuita
Inscrições: Pelo site da Feibanana ou na portaria do evento
Por Ricardo Viveiros ﹠ Associados — Oficina de Comunicação