16 mil pessoas devem ser diagnosticadas com câncer colorretal em Mato Grosso neste ano
Pelo menos 16 mil pessoas em Mato Grosso devem ser diagnosticadas com câncer colorretal em 2023, conforme estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Esse tipo de tumor é considerado o de terceira maior incidência no Brasil, ficando atrás apenas dos de mama e próstata.
Depois da morte do rei do futebol, o Pelé, aos 82 anos, que sofreu do câncer de cólon, e com a divulgação recente da cantora Preta Gil, 48 anos, diagnosticada com câncer no intestino, após exames terem apontado a presença de um tumor na porção final do órgão, muitas dúvidas surgiram sobre os sintomas e diagnóstico da doença.
O médico oncologista Alessandro Henrique Previde Campos, coordenador do Centro de Oncologia do Hospital São Mateus, em Cuiabá, e conveniado ao plano MT Saúde, explica que o câncer colorretal é o nome dado aos tumores que podem surgir no intestino grosso, chamado cólon, e no reto.
“O diagnóstico é feito por meio de biópsia, geralmente pelo exame de colonoscopia. Um dos principais sintomas é a alteração do hábito intestinal com prisão de ventre, desconforto abdominal e diarreia”, explica.
Segundo o especialista, também merecem atenção sinais como a presença de sangue nas fezes, além da perda de peso sem razão aparente, cansaço, vômitos, náuseas, sensação de dor na região anal entre outros sintomas possíveis, que podem surgir de forma persistente.
“Ao longo da vida, a saúde intestinal deve basear-se no tripé alimentação saudável rica em fibras, hidratação correta e exercícios físicos. O uso de alimentos muito industrializados, excesso de carne vermelha e de bebida alcoólica, entre outros hábitos, como o sedentarismo, podem oferecer risco de câncer colorretal. Por isso, deve haver moderação”, recomenda o médico.
O tratamento do câncer colorretal é composto de cirurgia, quimioterapia –com ou sem radioterapia, a depender da localização do tumor –, e cuidados paliativos nas fases mais avançadas da doença. “Identificado no começo, o câncer colorretal tem alta chance de cura”, afirma o oncologista.
Da Assessoria