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Pesquisa mostra que empregos digitais cresceram 4,9% em cinco anos

Pesquisa mostra que empregos digitais cresceram 4,9% em cinco anos
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Números apresentados no estudo da FGV, em parceria com o Movimento Brasil Competitivo (MBC), evidenciam o crescimento do segmento e as vantagens dos avanços tecnológicos na economia nacional

Janeiro de 2023 — A pesquisa “Transformação digital, produtividade e crescimento econômico”, desenvolvida pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostra que o índice de empregos formais vem cedendo espaço aos empregos digitais.

De acordo com o levantamento, nos últimos cinco anos o número de empregos digitais teve crescimento de 4,9% em comparação às demais ocupações. Os dados refletem a capacidade de resiliência dos profissionais do país frente às mudanças socioeconômicas e crises e também apontam que benefícios como remuneração acima da média e melhor produtividade de trabalho — superior em relação às demais atividades — tem conquistado o profissional do Brasil.

O estudo revela também a transformação digital como driver para o crescimento econômico, e propõe a elaboração de uma agenda estratégica para criar condições que potencializem a digitalização em diversos segmentos empresariais e econômicos.

Ainda segundo o balanço, nos últimos 5 anos, a oferta digital brasileira cresceu em média 5,7%, enquanto o mercado americano cresceu 7,1%. A pesquisa destaca como a ampliação da oferta digital seria capaz de gerar um acréscimo de R$ 422,7 bilhões na economia brasileira e traça uma meta mais desafiadora, se a oferta digital brasileira alcançasse o patamar atual de representatividade da economia americana, calculado em 10,2% em 2020, o Brasil teria um incremento de 1,12 trilhão de reais na economia.
 

Tatiana Ribeiro, diretora executiva do Movimento Brasil Competitivo


“A pesquisa não apenas lança luz ao impacto econômico da expansão da oferta digital, mas também detalha em números a importância dessa transformação. É um estudo que contribui significativamente com as organizações públicas e corporações privadas e que ajuda a nortear investimentos nesta agenda para assegurar ganhos competitivos nos mais diversos setores, ajudando o Brasil a dar importantes passos para ser um mercado mais competitivo globalmente”, detalha Tatiana Ribeiro, diretora executiva do Movimento Brasil Competitivo.

Mão de obra qualificada ainda é desafio a ser superado

O estudo mostra também que o setor produtivo e governo já entendem a importância da transformação e seus impactos para a economia e destaca a mão de obra qualificada como um gargalo para avançar nas estratégias em favor da transformação digital no país e gerar maior competitividade.

“Por meio do levantamento, chegamos a outros resultados importantes como a aproximação entre os setores público e privado na construção da regulação de novas tecnologias e ratificamos a infraestrutura e segurança digital como eixos que possibilitam o desenvolvimento de novos modelos de negócio e novas tecnologias. A segurança jurídica também foi destaque no contexto da pesquisa e mostramos que é fundamental um ambiente de negócios que garanta isso para atrair novos investimentos digitais”, complementa a executiva.

Investir na qualificação, atualização e capacitação dos profissionais, desenvolver estratégias que elevam a geração de valor, e promover iniciativas de inovação despontam como fatores fundamentais no estudo para potencializar os resultados no mercado nacional. “Por isso, é fundamental apostar no chamado letramento digital amplo, na educação e na qualificação profissional para as exigências trazidas pela oferta digital que cresce continuamente, além de reduzir a exclusão digital de segundo nível. Todo esse processo passa por acesso a serviços, oportunidades e garante cidadania digital”, reforça Ribeiro.

O balanço mostrou também que investir em transformação digital demanda educação básica e inclusiva para estimular as ciências, tecnologia, engenharia e matemática (STEM) e evidencia o potencial brasileiro como referência em formação e qualificação para a digitalização voltada à sustentabilidade, pelos programas de larga escala que vão além do desenvolvimento e produção de bens, serviços e conteúdos digitais transformadores.

“É preciso pensar em iniciativas fortes e alternativas direcionadas para a formação destes profissionais e apoiar parcerias afim de ampliar a oferta de cursos de atualização, capacitação e qualificação profissional, aperfeiçoando e escalando iniciativas com bons resultados. As evidências apresentadas no estudo mostram que a transformação digital do país é o caminho a percorrer para o ganho produtivo, um imperativo para o crescimento da economia brasileira no mundo atual. Ela pode ser driver de produtividade e crescimento, uma vez que é transversal a todos os setores: sociedade, governo e setor privado”, concluiu.

Sobre o Movimento Brasil Competitivo | O Movimento Brasil Competitivo (MBC) é uma organização da sociedade civil, apartidária, que aproxima os setores público e privado, investindo e fomentando a cultura de governança, a gestão de excelência, o aumento da capacidade de investimento do Estado e a melhoria dos serviços públicos essenciais. Age com foco na construção de uma cultura de transformação, promovendo experiências e gerando ações de alto impacto, além de buscar a mudança do Estado brasileiro por meio de conhecimento e conceitos inovadores, realizando coalizões público-privadas e formando parcerias e redes. Atua nas frentes de governança e gestão, digitalização, Custo Brasil, educação e sustentabilidade.

Por Viviane Melém

Célio

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