Fifa pressiona e seleções europeias vetam braçadeira arco-íris na Copa
SÃO PAULO, SP (UOL-FOLHAPRESS) – Um comunicado conjunto emitido na manhã desta segunda-feira (21) pelas Federações de Futebol da Inglaterra, País de Gales, Bélgica, Dinamarca, Alemanha, Holanda e Suíça afirma que a Fifa avisou que se o capitão da equipe usar a faixa com a mensagem One Love -que tem as cores do arco-íris, em apoio a causa LGBTQIA+- na Copa do Mundo do Qatar, será advertido com um cartão amarelo em suas partidas.
Sendo assim, nenhum capitão das seleções citadas usará a faixa com a mensagem. Holanda, Inglaterra e País de Gales fazem sua estreia no Mundial nesta segunda.
Os holandeses encaram Senegal, às 13h (de Brasília), no estádio Al Thumama, pelo Grupo A. Os ingleses enfrentarão o Irã, às 10h, no estádio Internacional Khalifa, pelo Grupo B -que também conta com os galeses liderados por Gareth Bale, que joga às 16h contra os Estados Unidos, no estádio Al-Rayyan.
“A Fifa deixou muito claro que imporá sanções esportivas se nossos capitães usarem as braçadeiras no campo de jogo. Como federações nacionais, não podemos colocar nossos jogadores em uma posição em que possam enfrentar sanções esportivas, incluindo cartões amarelos, por isso pedimos aos capitães que não tentem usar as braçadeiras nos jogos da Copa do Mundo da FIFA”, diz o comunicado.
“Estamos muito frustrados com a decisão da Fifa, que acreditamos ser sem precedentes -escrevemos à Fifa em setembro informando sobre nosso desejo de usar a braçadeira One Love para apoiar ativamente a inclusão no futebol, e não tivemos resposta”, acrescenta a nota.
Em meio à polêmica, a Fifa também se posicionou com um comunicado e disse que antecipou a campanha No Discrimination (Sem Descriminação) -inicialmente planejada para as quartas de final- para que todos os capitães possam usar uma braçadeira que apoia a causa durante toda a Copa do Mundo.
Gianni Infantino reiterou seu apoio à comunidade LGBTQI+ no posicionamento: “Tenho falado sobre esse assunto com a mais alta liderança do país. Eles confirmaram e posso confirmar que todos são bem-vindos. Se alguém disser o contrário, bem, não é a opinião do país e, certamente, não é a opinião da FIFA”.
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