Bem-vindo(a). Hoje é Guarantã do Norte - MT

Proprietários de armas deverão se adequar às novas normas, apontam especialistas

Proprietários de armas deverão se adequar às novas normas, apontam especialistas
Compartilhe!

Professor de Direito Constitucional do Mackenzie, Flávio de Leão explica que, quando uma lei passa a vigorar, ela precisa ser regulada, detalhada e operacionalizada. É aí que entram os decretos presidenciais “Eles são atos típicos e de competência do Poder Executivo. Então, podem ser revogados por outros decretos”, explica.

Segundo ele, essas normas entram em vigor de imediato e podem gerar uma situação de ilegalidade mesmo para quem adquiriu as armas regularmente. Não é uma situação de direito adquirido, como costuma ocorrer com aposentadoria. “Não se está privando a pessoa de ter armas, o decreto regula a quantidade”, afirma Leão.

Em setembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para referendar a decisão do ministro Edson Fachin sobre três ações distintas relacionadas às dezenas de afrouxamentos da política de controle de armas, feitas pelo Executivo nos últimos três anos e meio.

As decisões não revogaram decretos publicados pelo governo federal, mas anulam alguns pontos que o Supremo considera terem extrapolado o poder regulamentar do Executivo. A decisão estabeleceu que a posse de armas de fogo só pode ser autorizada para quem demonstrar necessidade concreta, por razões profissionais ou pessoais, e que a compra de armas de uso restrito depende do “interesse da própria segurança pública ou da defesa nacional”.

APREENSÕES

Para Ivan Marques, membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a revogação dos decretos e portarias é a “parte mais fácil”. “Mas só isso não basta, é preciso investimento adequado e ação”, afirma. Do contrário, alerta que uma arma de fogo pode continuar em circulação na sociedade até por mais de 50 anos. Levantamento do Instituto Sou da Paz aponta que, em 2021, a Polícia Federal teve o pior desempenho em apreensões desde 2013. “É necessário investir na Polícia Federal e no Exército para que possam exercer fiscalizar a circulação de armas irregulares”, destaca Marques. O órgão, com o Exército, é o responsável por monitorar as armas com civis no País.

“Assim como Bolsonaro editou os decretos, o Lula, ou qualquer outro presidente, poderá revogar”, reforçou o professor de processo penal da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) Gustavo Badaró.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Notícias ao Minuto Brasil – Brasil
Read More

LIVE OFFLINE
track image
Loading...