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Polícia Civil liberta mulher mantida em cárcere privado em Paranatinga

Polícia Civil liberta mulher mantida em cárcere privado em Paranatinga
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Polícia Civil liberta mulher mantida em cárcere privado em Paranatinga

Vítima ficou três dias trancada em sua casa e sofreu diversas lesões no corpo provocadas por faca, pedaço de madeira e socos


Raquel Teixeira

| Polícia Civil-MT

A Polícia Civil libertou, na segunda-feira (21.02), uma mulher, de 39 anos, que era mantida em cárcere privado na despensa de sua residência, em Paranatinga. A mulher sofreu diversas agressões físicas, foi torturada e ameaçada pelo seu ex-companheiro.

A Delegacia de Polícia Civil de Paranatinga recebeu a denúncia de que uma mulher estaria sendo vítima de crime de violência doméstica. Os policiais civis se dirigiram até a residência, no bairro Vila Nova, para apurar a situação e verificaram que a vítima era mantida em cárcere privado há três dias e estava sem se alimentar. Quando a equipe de investigação da delegacia  chegou ao local, o suspeito fugiu, pulando o muro da casa. Os investigadores realizaram buscas, mas ainda não o localizaram.  

A mulher foi encaminhada ao pronto socorro municipal, pois estava bastante debilitada, com ferimentos e escoriações pelo corpo. Após o atendimento ambulatorial, ela foi ouvida na delegacia e prestou esclarecimentos sobre a tortura sofrida nas últimas 72 horas.

O suspeito, de 23 anos, mantinha a mulher encarcerada na despensa da casa, um local pequeno e apertado, onde ela sequer podia caminhar e não podia fazer as necessidades fisiológicas. Ele é usuário de drogas e tem comportamento agressivo, com diversas passagens criminais pelo crime de furto e outros delitos.

Despensa da casa onde a vítima permaneceu trancada por três dias, sem poder fazer as necessidades fisiológicas

A vítima contou ainda que mesmo diante da negativa em continuar com o suspeito, ele a pegou à força da casa de sua mãe e a manteve em cárcere privado, além de agredi-la com uma faca, um pedaço de madeira e socos e chutes, e ameaça-la para não dizer nada à família sobre as agressões. Anterior a essa última sessão de agressões, o suspeito amarrou pés e mãos da vítima com um cadarço de tênis e lhe enforcou com um fio de energia.

O delegado Hugo Abdon de Lima ouviu a vítima e ainda nesta segunda-feira encaminhou representação à Justiça pela prisão preventiva do suspeito e a medida protetiva de urgência em favor da mulher.

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