JAC e-J7: impressões ao dirigir o sedã elétrico chinês

20 de Janeiro de 2022

Compartilhe!

O JAC e-J7 é a atual estrela da marca chinesa no Brasil. O sedã médio elétrico de estilo fastback da JAC Motors luta num segmento onde os protagonistas são hatches compactos ou médios.

Com preço sugerido de R$ 264.900, o e-J7 chega com a missão de peitar não só estes produtos em sua faixa de preço, mas também os carros de luxo alemães.

Fruto de uma parceria com a Volkswagen, que é dona de 50% da JAC Motors e 75% da divisão de carros elétricos da marca, o e-J7 não aposta apenas em um visual atraente, mas também em desempenho.

Confrontado com modelos como Mercedes-Benz C200, BMW 320i e Audi A4, o e-J7 quer mostrar a força do impulso elétrico imediato, que o faz ir de 0 a 100 km/h em 5,9 segundos.

Oferecendo um pacote razoável, o JAC e-J7 destaca seu conjunto ótico full LED com lanternas em LED, assim como guias de luz para modernizar mais o visual.

Além disso, vem com belas rodas de liga leve aro 17 polegadas com pneus 215/55 R17.

O pacote inclui ar condicionado dual zone, câmera de ré, direção elétrica com três níveis, bancos em couro com ajuste elétrico para o motorista em distância, cluster digital de 10,25 polegadas e multimídia com 13 polegadas.

O e-J7 tem ainda projeção para Android Auto e Car Play, assim como câmera de ré, teto solar elétrico de tamanho padrão, difusores de ar traseiros, entradas USB, Bluetooth, controle de cruzeiro e iluminação em LED.

Para ampliar a segurança, vem com gravador de vídeo e imagens no para-brisa, além de oferecer seis airbags e controles de tração e estabilidade.

Sem destaques em assistência direta ao condutor, como pacote ADAS, do e-J7 pode-se dizer que ainda é um sedã “básico”.

Medindo 4,77 m de comprimento, 1,82 m de largura e 2,76 m de entre eixos, o e-J7 chama atenção por seu porta-malas com tampa integrada à vigia e 590 litros, que podem ser ampliados para 1.650 litros.

JAC e-J7 – Impressões visuais

O JAC e-J7 surfa na onda (muito boa, por sinal) dos fastbacks na China, adotando um estilo que era bem apreciado na Europa até a chegada dos SUVs…

Os faróis full LED e o para-choque são interessantes e expressivos, mas a tampa dos conectores de recarga fica muito aparente e ainda tem cara de mera adaptação.

Já as rodas são atraentes, bem como os frisos cromados que se fundem nos detalhes em preto brilhante.

A traseira segue com mais harmonia em suas luzes de LED conectadas por uma barra.

O e-J7 poderia ter um teto solar panorâmico, que seria bem mais aproveitável. Por dentro, o painel parece se inspirar no primeiro Tesla Model S.

A tela vertical de 13 polegadas tem boa aparência, mas inúmeros acessos que requer atenção e paciência. Em português, ela incorpora ainda a câmera de ré, Android Auto e CarPlay.

Chama atenção, no entanto, o acabamento do painel com iluminação em LED programável com um estilo estilizado, reproduzido também nas portas dianteiras.

O acabamento das portas é interessante pelas linhas trançadas e couro por toda a extensão do apoio. Já os bancos também não ficam atrás, mas o do motorista podia ter mais ajustes.

O espaço para quem vai atrás é generoso e confortável, com saídas de ar e USB para carregamento de smartphones.

Por fim, o porta-malas é espaçoso e não decepciona, com a tampa do bagageiro tendo acionamento elétrico para abrir e fechar.

JAC e-J7 – Impressões ao dirigir

Tuiuti-SP — O JAC e-J7 é um sedã médio comportado em suspensão, calibrada para o conforto, devido à preferência dos chineses.

Macia, só desagrada em curvas mais aguerridas e ondulação de pista, como a do Haras Tuiuti, no interior de São Paulo.

O propulsor elétrico de 190 cavalos e 34,7 kgfm, suficientes para catapultá-lo à frente do trio alemão, colocado à prova no evento de test drive do e-J7.

Na arrancada, o e-J7 gruda no solo e arranca impressionantemente bem para sua proposta de sedã médio tradicional.

Contra os sedãs alemães em arrancada, com sua potência e torque despejados de imediato, ele consegue sair na frente com facilidade.

Não há um modo Sport visível, mas pode-se optar por outros modos de condução.

Numa pista fechada, o e-J7 se comportou bem nas curvas e nas freadas fortes, garantindo boa impressão de segurança.

A posição de dirigir é correta e os comandos são suficientes em posição, assim como o seletor de marchas.

Ainda que se pisasse fundo, a autonomia pouco era afetada, graças às boas baterias de 50,2 kWh, que lhe garantem 402 km de autonomia.

Segundo a JAC, o custo por km rodado é de R$ 7,75 a cada 100 km ou 1,2 km/l equivalente. O tempo de recarga é de seis horas ou 30 minutos num carregador de alta potência.

Limitado a 150 km/h, o e-J7 tem suspensão traseira multilink e bom comportamento dinâmico em condução normal.

Para esse primeiro contato, o JAC e-J7 se mostrou um bom carro, mas precisaremos observar no dia a dia como ele realmente se comporta. Por ora, está legal.