Transplante de traqueia inédito pode ajudar intubados por covid-19
Mais um ponto para a medicina, na batalha contra a Covid-19! Um transplante de traqueia foi realizado nos Estados Unidos e pode solucionar sequelas deixadas pela intubação, reduzindo os danos na saúde após a doença.
Médicos do hospital Mount Sinai, em Nova York, vibraram pelo sucesso da cirurgia e ainda comemoraram o fato de ser a primeira vez que a traqueia de um doador é transplantada diretamente ao receptor.
O procedimento foi realizado em janeiro, mas o comunicado só ocorreu agora em abril. A paciente, de 56 anos, teve uma boa recuperação.
Sequelas
Sonia Sein sofreu danos graves na traqueia, após ser intubada por um ataque de asma há seis anos.
Ela passou por uma série de cirurgias para tentar reparar os danos. Mas essas intervenções agravaram ainda mais o problema.
Segundo os médicos, a paciente respirava por traqueostomia e corria alto risco de sufocamento e morte por causa da progressão da doença em suas vias aéreas e do risco de colapso da traqueia.
Transplante
Sônia recebeu a traqueia do doador, não identificado pelo hospital, no dia 13 de janeiro, em uma operação complexa que durou 18 horas.
Uma equipe de mais de 50 especialistas, incluindo cirurgiões, enfermeiros, anestesistas e médicos residentes, ficou responsável pelo procedimento, que foi um sucesso.
De acordo com o cirurgião e pesquisador Eric Genden, que liderou a equipe, o procedimento também ajudará pacientes com outras sequelas, como defeitos congênitos, doenças intratáveis, queimaduras e tumores.
“Pela primeira vez, podemos oferecer uma opção de tratamento viável a pacientes com defeitos traqueais de segmento longo que correm risco de vida”, afirma Eric.
O transplante de traqueia é considerado um dos mais desafiadores pela medicina. Há uma grande dificuldade técnica de garantir o fluxo sanguíneo ao órgão, por isso, o risco é elevado.
O Dr. Eric pesquisa sobre transplante de traqueia há 30 anos e diz que a sensação ao ver o resultado positivo após 18 horas de operação foi “uma experiência maravilhosa”.
O cirurgião acredita que o protocolo de transplante e revascularização usado por sua equipe pode ser reproduzido por outros médicos e representar uma opção para pacientes que tiveram a traqueia inteira danificada e até então não tinham tratamento de longo prazo.
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Por Monique de Carvalho, da redação do Só Notícia Boa – Com informações de Correio Braziliense.
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