Mercado: concessionárias têm estoques para apenas 13 dias
A Fenabrave acendeu o alerta para o setor automotivo nacional, apontando um quadro crítico de desabastecimento do mercado nacional. Com revendedores fechados ou operando parcialmente em diversas regiões do país, a situação das vendas de veículos irá se complicar em abril.
Por conta da pandemia de coronavírus, que se agravou no país nos últimos meses, o mercado viu várias fábricas suspenderem a produção entre março e abril, totalizando 26 plantas no país, incluindo motos, caminhões e ônibus.
Se o cenário pandêmico já é muito complicado, a escassez de peças e componentes paralisou linhas de produção também, criando assim um ambiente propício para uma crise ampliada no mercado nacional.
Por conta de tudo isso, a Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos alerta que a rede autorizada tem estoques para apenas 12 ou 13 dias de vendas. Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave, comenta: “Pior do que estoque baixo é o risco de não reposição do que está em falta”.
Alarico indicou que a rede tem entre 52 mil e 55 mil veículos em seus pátios, o que não cobre nem duas semanas de vendas. Se isso ainda parece muito, ele esclarece: “Isso considerando que o mercado está retraído. Se a situação fosse mais normal, seria equivalente a seis ou sete dias de venda”.
O problema do mercado agora é que não há produção para suprir o estoque que foi consumido. Assumpção Júnior explica que na primeira onda, as concessionárias e montadoras tinham estoques regulares e isso ajudou a manter o desempenho, não afetando o abastecimento para atender a demanda.
Agora, a coisa é diferente. Ele diz: “Hoje, os estoques praticamente não existem, tanto nas concessionárias como nos pátios das montadoras. E a falta generalizada de peças e componentes vem provocando a paralisação das linhas de montagem de várias montadoras, prejudicando a oferta de veículos”.
Sem previsão do que vai acontecer, a Fenabrave abriu mão de divulgar uma projeção de mercado com base nos resultados trimestrais, como sempre faz. Além disso, prometeu divulgar a quantidade de revendas que fecharam e o total de demissões do setor. A entidade não descarta falências no setor.
Alarico indicou ainda que as vendas em março só foram positivas porque os pedidos feitos anteriormente só conseguiram ser atendidos no mês passado. Com a redução da rede Ford, mais os fatores acima citados, o mercado nacional pode entrar em colapso, ainda mais que a quarentena pode ser ampliada em São Paulo e outras regiões até o dia 22 de abril.
[Fonte: Auto Indústria]
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