Ceope oferta serviço especializado a pacientes com Síndrome de Down
Em 16 anos de funcionamento, a unidade atendeu mais de 500 pacientes com a síndrome, para tratar de diversas manifestações bucais como doença periodontal, bruxismo e cárie
Fernanda Nazário
| SES-MT
Neste domingo (21.03), é celebrado o Dia Internacional da Síndrome de Down e, para destacar essa data, o Centro Estadual de Odontologia para Pacientes Especiais (Ceope), mantido pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), lembra que oferece serviços bucais aos pacientes com a síndrome.
Conforme explica a diretora do Ceope, Martha Maria Aquilino Pereira, em 16 anos de atividade, o local atendeu e tratou mais de 500 pacientes com Síndrome de Down. Entre as manifestações bucais mais tratadas neste período, está a doença periodontal, o bruxismo, as cáries e anomalias dentárias, como dentes conoides e hipoplasia dentária.
Martha ressalta que o Ceope também oferta tratamento de canal e cirurgia oral menor e, quando necessário, o atendimento odontológico é feito sob anestesia geral, graças a uma parceria da unidade de saúde com o Hospital Estadual Santa Casa.
“O Ceope conta com uma estrutura clínico ambulatorial moderna e uma equipe multidisciplinar capacitada. A unidade atua dentro da rede de cuidado do Sistema Único de Saúde (SUS), voltada exclusivamente para pessoas com deficiência”, pontua Martha.
Para a gerente técnica da unidade de saúde, Glaucia Larroyed, é importante que o paciente com Síndrome de Down faça o acompanhamento odontológico, pois além das principais características físicas (hipotonia muscular generalizada, baixa estatura, pescoço largo e curto), intelectual e sistêmicas, os pacientes também apresentam problemas bucais.
As manifestações bucais mais comuns são: hipotonia dos músculos da face, lábios e língua (90% dos casos de Síndrome de Down); fissura no canto dos lábios e da língua (15%); macroglossia relativa (100%); doença periodontal (90 a 100%); má oclusão e bruxismo (60%); atraso de erupção dentária (90%); anomalias dentárias (dentes conoides, hipoplasia dentária); mordida aberta anterior, palato ogival, respiração oral e cárie.
A cirurgiã dentista do Ceope, Taisa Aidamus, explica que o acompanhamento odontológico deve ser mantido periodicamente, com foco no desenvolvimento do autocuidado em relação à higiene bucal e na prevenção de doenças. “As alterações sistêmicas desses pacientes, somadas à higiene bucal precária, favorecem o aparecimento da doença periodontal”, acrescenta a profissional.
Sobre a Síndrome de Down
A Síndrome de Down ou trissomia do 21 é uma condição humana geneticamente determinada. É a alteração cromossômica mais comum em humanos e a principal causa de deficiência intelectual na população. A presença do cromossomo 21 extra na constituição genética determina características físicas específicas e atraso no desenvolvimento.
Estima-se que, no Brasil, ocorra o caso de trissomia 21 em um a cada 700 nascimentos, que totaliza em torno de 270 mil pessoas com Sindrome de Down independentemente de etnia, gênero ou classe social.
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