Brasileira que ajudou a eliminar sarampo e rubéola agora combate Covid
Uma cientista brasileira que ajudou a eliminar o sarampo e a rubéola do Brasil – e foi reconhecida em 2016 por essa conquista – assumiu a linha de frente no combate a Covid.
Marilda Siqueira é da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e defende que precisamos ter 95% da população vacinada para então conseguirmos sair dessa crise na saúde. Ela disse que o caminho é longo e está empenhada nisso.
Foi pelo conhecimento e o esforço da cientista que, de um ano para outro, o número de casos de sarampo notificados no país caiu 81%, em 1992.
A maior campanha de vacinação do mundo
A cientista é chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). O trabalho dela começou em 1992, quando o sarampo matava no mundo cerca de 2,5 milhões de crianças.
O Brasil fez a maior campanha de vacinação do mundo até então — imunizou 48 milhões de crianças e adolescentes entre de 22 de abril e 25 de maio de 1992 — e virou modelo.
“A gente conseguiu imunizar 96% da população-alvo, que eram crianças menores de 14 de idade, em um mês e pouco. Foi um sucesso absoluto”, relembra a cientista.
E o resultado do trabalho dela gerou reconhecimento. Em 2016, junto com outras três autoridades, ela recebeu o certificado da eliminação da rubéola e do sarampo no Brasil pela Organização Panamericana de Saúde (Opas), braço da Organização Mundial de Saúde (OMS) nas Américas.
Linha de frente da Covid-19
Desde o ano passado, Marilda vem capacitando laboratórios em todas as regiões do país para que possam processar exames diagnósticos para a Covid-19. Até então, os únicos laboratórios de referência regionais eram o Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, e o Evandro Chagas, no Pará.
Foi também o laboratório de Marilda que ajudou no desenvolvimento do kit diagnóstico molecular do Instituto Biomanguinhos.
Após um ano de pandemia, a cientista atua com sua equipe em um processo chamado ‘vigilância genômica’, que é o trabalho de sequenciamento do genoma do vírus para entender quais linhagens estão se espalhando pelo país e com qual velocidade.
Alta cobertura vacinal
Marilda busca agora uma forma de ampliar a campanha de vacinação para se obter os melhores resultados com a pandemia.
Para a cientista, a distribuição de vacinas é um fator primordial, mas ela acredita também que o processo é formado por mais dois pilares: a conscientização da população quanto aos cuidados contra a Covid-19 e o encorajamento para todos se vacinarem.
Ela quer ser palavra de incentivo para outros profissionais da saúde e para a nossa população.
Das Mulheres que nos Inspiram!
Por Monique de Carvalho, da Redação do Só Notícia Boa – Com informações do Jornal de Brasília.
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Saúde – Só Notícia Boa
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