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Porsche Panamera: tudo sobre o sedã esportivo de luxo

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Porsche Panamera: tudo sobre o sedã esportivo de luxo

O Porsche Panamera é um dos modelos mais emblemáticos da marca alemã e justamente por flertar um segmento que a marca alemã sempre cogitou entrar, o de sedãs de luxo. Ainda que a proposta da marca e do produto, sejam a esportividade, o modelo chega a ter versão longa na Europa.

Fabricado apenas em Leipzig, o Panamera é um verdadeiro liftback de quatro portas que explora bem as características de alta performance e dirigibilidade dos cupês da marca, porém, oferece um nível de conforto elevado, ainda que os carros da Porsche sejam de fato mais confortáveis que os rivais.

O motivo é que a filosofia da Porsche continua sendo a de um carro esporte para uso diário. Assim, mesmo o Porsche 911 é um carro que poderíamos dizer ser espaçoso para um produto de sua categoria. Além disso, o Panamera também é um carro eficiente, especialmente com motorização híbrida.

Utilizando a plataforma MSB do grupo Volkswagen, o Panamera usa a mesma base dos Bentley Continental GT e Flying Spur. Com 5,049 m de comprimento e 2,950 m de entre eixos, ele é maior que o Porsche Taycan, seu correspondente elétrico.

Produzido desde 2017 na atual geração 971, o sedã da Porsche tem ainda uma versão longa ou executiva com 5,199 m de comprimento e 3,100 m de entre eixos, convertendo-o no maior carro feito pela marca de Zuffenhausen, a sede da marca em Stuttgart.

Porsche Panamera – detalhes e versões

Porsche Panamera: tudo sobre o sedã esportivo de luxo

Mantendo o design icônico da Porsche, oriundo no 356 e passado para o 911, o Panamera tem quatro ou cinco lugares, dependendo da configuração e tem motorização com gasolina, diesel ou híbrida plug-in. Nesse caso, cada variante de motor surge como uma versão do produto e não exatamente associada com conteúdo.

Nos carros da Porsche, mesmo as versões designadas, como GTS, por exemplo, possuem motorização diferenciada. Basicamente, ele é vendido nas variantes Panamera, Panamera 4, Panamera 4 E-Hybrid, Panamera 4 S, Panamera 4 S E-Hybrid, Panamera GTS, Panamera Turbo S e Panamera Turbo S E-Hybrid.

A Porsche deixou de oferecer o Panamera 4 S Diesel, que usava motor V8 4.0 TDI de 422 cavalos e 86,4 kgfm. Hoje, basicamente o bólido alemão tem três motores abastecidos apenas com gasolina: V6 2.9 Biturbo de 330 cavalos, V8 4.0 Biturbo de 480 cavalos e V8 4.0 Biturbo de 630 cavalos. Os dois primeiros são de origem Audi.

Com motor dianteiro em longitudinal, o Panamera usa somente propulsores em V, diferente dos 718 e 911, que usam boxer. Macan e Porsche Cayenne usam tanto quatro cilindros em linha quanto V6 ou V8, equiparando-se neste último ao liftback.

Como híbrido plug-in, tem versões com potências combinadas de 462, 560 e 700 cavalos, sendo essa a opção mais potente de toda a gama Panamera. Atualmente, todas as variantes a gasolina do modelo possuem um correspondente híbrido.

Porsche Panamera: tudo sobre o sedã esportivo de luxo

Além disso, o Porsche Panamera tem tanto tração traseira quanto permanente nas quatro rodas (Panamera 4), esta última presente em todas as opções híbridas. Nesta configuração, a Porsche usa um motor elétrico dentro do câmbio ZF 8HP de oito marchas, padrão no modelo.

Com suspensão por molas ou sistema pneumático, o Porsche Panamera é um carro que pode rodar com foco no conforto e andar como um esportivo de alta performance, levando-se apenas em consideração seu porte. Além disso, sua reputação levou a marca a criar a Panamera Sport Turismo, uma legítima perua.

Atualmente, esta perua alemã é a detentora do título de mais potente do mundo com 700 cavalos na versão Turbo S E-Hybrid. Essa familiar de alta performance também é oferecida no Brasil, mas na versão 4 S E-Hybrid. Aliás, o atual lineup brasileiro do Panamera só dispõe do híbrido E-Hybrid.

São vendidos os Panamera 4 E-Hybrid, Panamera 4 E-Hybrid Sport Turismo, Panamera 4 S E-Hybrid e o Panamera Turbo S E-Hybrid. É a primeira vez que o modelo é oferecido aqui unicamente híbrido, fato que nem mesmo contempla o Cayenne ou o Macan.

O Porsche Panamera tem frente curvas e fluida, com faróis full LED dotados de assinatura visual com 4 LEDs, que chegaram a ser copiados pela Kia Motors… O para-choque com grandes aberturas para refrigeração do motor e dos freios, possuem luzes de neblina e diurnas em LED com duas barras paralelas.

Porsche Panamera: tudo sobre o sedã esportivo de luxo

Nas laterais, as rodas de liga leve podem ter aros 19, 20 ou 21 polegadas, além de pinças de freio com vários pistões e pintura diferenciada, sendo o amarelo-ouro a mais tradicional por estar associada com a propulsão do E-Hybrid, a única disponível aqui.

Nos para-lamas dianteiros, existem pequenas saídas de ar que formam vincos, que se conectam com as quatro portas. As janelas dianteiras e traseiras possuem quebra-ventos falsos. Com o teto parcialmente curvado, as longas colunas C se apoiam sobre a traseira.

A tampa do bagageiro com sua vigia grande, está conectada ao teto solar panorâmico. Na base do porta-malas, há um defletor de ar ativo nas versões mais completas. Já as lanternas full LED se conectam por uma lente iluminada sobre a tampa, ostentando ainda o nome Porsche em alto-relevo.

O para-choque traseiro é bem limpo e tem a placa de registro do veículo bastante elevada, ficando junto à base da tampa do porta-malas. Na parte inferior do mesmo, existem quatro saídas de escape cromadas e dois difusores de ar.

Dependendo da versão, tem controle de cruzeiro adaptativo, estacionamento automático, alerta de faixa com correção, bancos aquecidos, couro especial e muitos acessórios, que tornam o ambiente mais requintado e sofisticado.

Porsche Panamera: tudo sobre o sedã esportivo de luxo

Basicamente, a Porsche Panamera Sport Turismo muda o desenho do para-choque dianteiro, assim como das saídas de ar laterais em cor preta e das rodas, bem como, naturalmente, as colunas C mais altas, mudando assim o desenho das janelas traseiras e vigias laterais, adicionando um defletor de ar como extensão sobre a vigia traseira.

A tampa do bagageiro se aproxima mais da base do para-choque, ampliando o acesso ao porta-malas. Com teto mais reto, a Sport Turismo tem vidro panorâmico com abertura elétrica. A Taycan Cross Turismo é sua equivalente de propulsão 100% elétrica que acaba de chegar ao Brasil.

Ainda que a proposta da marca seja esportividade, o ambiente no Porsche Panamera é evidentemente direcionado ao luxo e, por conta disso, guarnições em madeira no painel e portas, evidenciam sua missão de levar mais luxo aos carros da marca.

Bem horizontalizado, o painel tem cluster análogo-digital, já que o conta-giros tem ponteiro físico. Nos demais quatro mostradores, existem duas telas configuráveis que revelam outras funcionalidades. Ao lado, a tela tem tela de 10,1 polegadas com diversas funcionalidades.

Navegação por GPS, modos de condução, gerenciamento do sistema híbrido, gestão de mídia e dados, configurações gerais do veículo, incluindo ajustes de suspensão, bem como entretenimento. O sistema é chamado PCM e controla quase todas as funcionalidades do carro.

Porsche Panamera: tudo sobre o sedã esportivo de luxo

Já o volante em couro tem acabamento em plástico e paddle shifts de alumínio, tendo botões configuráveis e aquecimento, tendo layout semelhante ao do Taycan. O botão Drive Mode traz os modos de condução (Eco, Comfort, Normal, Sport e Sport +, além do Individual). No Sport Chrono há um botão para 20 segundos de overboost.

O Porsche Panamera E-Hybrid tem ainda modos de condução elétrico e regeneração de baterias, com gestos de energia para uso imediato ou posterior. O cluster, assim como o infotainment, apresentam as variações do fluxo de energia para condução ou performance mais eficientes.

Dependendo da versão, há controle de largada e monitoramento de dados de pista (Sport Chrono), de modo a oferecer mais opções num track day, por exemplo. O ar condicionado tem quatro zonas de temperatura e a suspensão pode ser ajustada conforme o modo de condução ou recurso manual.

Os bancos em couro têm formas esportivas, inclusive atrás, sendo o Panamera um carro voltado para quatro pessoas na configuração para o Brasil, que contempla um display traseiro com ar condicionado dual zone, controles de encostos elétricos e mídia. Há dois porta-copos dianteiros e apoio de braço traseiro com frigobar opcional.

O teto panorâmico é duplo, com persianas elétricas saindo da barra central e apenas o vidro dianteiro abrindo. Já o bagageiro tem 405 litros e o tanque, outros 80 litros. A tampa tem abertura e fechamento elétricos. Nas versões mais caras e como opcional, há eixo traseiro direcional, reduzindo o raio de giro.

Porsche Panamera – motores e transmissões

Porsche Panamera: tudo sobre o sedã esportivo de luxo

O Porsche Panamera E-Hybrid é a única configuração de powertrain no Brasil e o motor elétrico é padrão com 136 cavalos e 40,6 kgfm. No Panamera 4, o motor V6 2.9 biturbo de 330 cavalos e 45,7 kgfm, soma ao elétrico e alcança 462 cavalos e 71,1 kgfm. No Panamera 4S, o V6 biturbo alcança 440 cavalos e 55,9 kgfm, somando 560 cavalos e 76,2 kgfm.

Por fim, o Porsche Panamera Turbo S E-Hybrid conta com um V8 4.0 biturbo de 571 cavalos e 78,2 kgfm, chegando a 700 cavalos e 88,4 kgfm de forma combinada. A Sport Turismo só está disponível no mercado brasileiro na primeria opção de motorização.

Porsche Panamera – desempenho e consumo

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O Porsche Panamera E-Hybrid na versão 4S vai de 0 a 100 km/h em 4,4 segundos com máxima de 280 km/h. Na Sport Turismo,  tempo e final são os mesmos. Já o Porsche Panamera 4S, o tempo cai para 3,7 segundos com máxima de 298 km/h. Por fim, o Turbo S necessita de 3,2 segundos e final de 315 km/h.

Já no consumo, a autonomia no modo elétrico vai de 49 km a 56 km no ciclo WLTP, chegando a 140 km/h de final. Nos Porsche Panamera 4, Panamera 4 Sport Turismo e Panamera 4S, o consumo é de 19,2 km/l na cidade e 21,3 km/l na estrada. No caso do Turbo S, o consumo é de 18,4 km/l no urbano e 20,3 km/l no rodoviário.

Porsche Panamera – origem

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Embora ele não tenha sido o antecessor do Porsche Panamera, por nunca ter sido vendido, o protótipo Porsche 989 começou a ser desenvolvido em 1988 e em 1992 foi cancelado. O conceito de um sedã de turismo, obviamente com quatro portas, se apoiou no sucesso do 928 nos anos 80.

Contudo, após uma década de crise e mudanças de direção, a Porsche apoiou-se inicialmente no Cayenne como carro fora da curva da marca, um SUV que “popularizaria” a marca e que hoje é um usado “acessível” mesmo no Brasil. O Paramera só surgiria seis anos depois, mas com produção a partir de 2010.

O conceito de design é basicamente o mesmo do 989, por isso, este protótipo é considerado o antecessor do Panamera, mesmo sem ter sido produzido. Como uma forma mais elegante de um Porsche, o novo produto recebeu as linhas clássicas, sinuosas e limpas do 911, mas com motor dianteiro.

Para o nome, a Porsche recorreu ao Carrera, variante clássica do 911 para nomear o produto, chamando-o Panamera devido à Carrera Panamericana, uma prova de estrada aberta realizada no México, nos anos 50, e considerada a mais perigosa do mundo. Era equivalente às Mille Miglia e Targa Florio da Itália.

O próprio nome deu origem a um conceito da Porsche de 1989, mas Panamera se tornou definitivo no novo carro por causa desse estudo de 20 anos antes. Contudo, a Porsche teve problemas com o sedã de luxo, uma vez que ele incomodou os puristas da marca, por parecer um 911 esticadão. Mesmo assim, seguiu adiante.

Porsche Panamera – geração anterior

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O primeiro Porsche Panamera ganhou as ruas em 2010. Nascido como 970, o modelo era um liftback com tampa traseira integrada ao bagageiro e com direito à limpador. Mais de meio metro maior que o 911, o novo carro não agradou aos fãs da marca que tiveram opiniões mistas sobre o Cayenne.

Ainda assim, a Porsche precisava ampliar seus horizontes e ganhos, por isso, teria de apostar em coisas novas. O Panamera era o luxo que a marca queria exibir e com ele, a capacidade de atuar em outros terrenos sem perder a identidade.

Em dois tamanhos, com o maior chegando a 5,12 m, o Panamera era complexo para a Porsche, que teve que construir a carroceria em Hannover (VW) para depois enviar à montagem final em Leipzig. Na geração atual, as carrocerias são feitas em Zuffenhausen, Stuttgart, para serem enviadas à planta do leste alemão.

Com plataforma única, o que o tornava caro de fazer, o Porsche Panamera tinha em sua base o motor VR6 3.6 de origem VW/Audi com 300 cavalos, tendo ainda um diesel V6 3.0 TDI de 250 cavalos, o EA897 da picape Amarok. O V6 a gasolina ainda originou duas versões híbridas com 333 e 380 cavalos.

Para as versões mais potentes, ele usou o V8 4.8 aspirado ou twin-turbo do Cayenne, entregando assim 400 e 430 cavalos no primeiro, assim como 500 cavalos no Panamera Turbo e Turbo S. Teve câmbio PDK de sete marchas inicialmente e automático de 8 marchas nos híbridos, mas teve ainda manual de seis marchas para V6 e V8 aspirados, todos de tração traseira.

Porsche Panamera – fotos

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