Mato Grosso tira nota 3 em segurança para o retorno às aulas presenciais
Um levantamento da Rede de Pesquisa Solidária da Universidade de São Paulo (USP) mostrou que Mato Grosso tem pouca segurança para o retorno das aulas presenciais durante a pandemia da covid-19. Em uma média de 0 a 10, o Estado foi avaliado com pontuação 3. Foram analisados 5 estados.
Os pesquisadores desenvolveram um índice de segurança para o retorno das aulas presenciais. Participaram do levantamento Mato Grosso, Amazonas, Ceará, Rio Grande do Sul e São Paulo. Só foram analisadas ações formalizadas pelos governos como decretos, portarias e comunicados oficiais.
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Cada um dos 8 itens analisados teve pontuação máxima de 100. Foram avaliadas questões como máscaras, ventilação, testagem de servidores e alunos, higiene, ensino remoto, transporte e distanciamento.
A melhor nota de Mato Grosso, um 100, foi no item distanciamento, ou seja, a preocupação no distanciamento dos móveis, tamanho de turmas e planejamento para impedir aglomerações.
Já o ensino remoto teve avaliação 18. Foi levado em consideração a transmissão das aulas, ações para distribuir chips de internet e materiais de inclusão, além do acompanhamento após as aulas.
Entre os estados analisados, Mato Grosso foi o que obteve a pior nota. Em primeiro ficou o Ceará (5,9), Amazonas (5,1), Rio Grande do Sul (4,8) e São Paulo (4,7).
Outro lado
A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) foi procurada para comentar o resultado do levantamento e se manifestou por meio de nota. No comunicado, a pasta apontou que o estudo não representa a realidade. Confira na íntegra a seguir o posicionamento:
“A Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT) esclarece que o levantamento com dados públicos de um estudo da Universidade de São Paulo (USP), sobre protocolos de biossegurança para volta às aulas em Mato Grosso, não representa a realidade, por falta no levantamento de informações sobre os itens imunização, testagem e transporte. Por exemplo, no caso da imunização, os profissionais da educação em Mato Grosso estão sendo vacinados. Em vários municípios, 100% dos profissionais da educação já tomaram a primeira dose. Sobre a testagem, os protocolos indicam ações para quarentena de professores e turmas e testes para casos suspeitos“.
Por Thalyta Amaral