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Instituto INCA entrega certificado a internas da Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto

Instituto INCA entrega certificado a internas da Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto
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O Projeto Telharte – Transformando Vidas abriu um mundo de possibilidades para as mulheres da Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, plantando arte, motivação, empreendedorismo, conhecimento, troca de experiências e empoderamento. No dia 02 de junho, 11 internas receberam o certificado de conclusão da Oficina de Artesanato, em um emocionante encerramento, com choro de alegria, pela missão cumprida, em um misto de saudade, tanto pelas mulheres, que se encontram privadas da liberdade, quanto pela artesã Edilaine Domingas, que passou dias e horas produtivas levando o trabalho de artesanato de bonecas de Siriri na telha.

O curso do “Projeto Telharte – Transformando vidas” foi desenvolvido pelo Instituto INCA – Inclusão Cidadania e Ação, e realizado pela artesã Edilaine, por meio de emenda parlamentar da deputada estadual Janaína Riva, por meio da parceria das Secretarias de Segurança Pública (SESP-MT) e de Cultura, Esporte e Lazer (SECEL-MT) do Estado de Mato Grosso, a 50 mulheres da Penitenciária Feminina, localizada no bairro Jardim Industriário, em Cuiabá. 

Estiveram presentes na entrega do certificado a superintendente de Política Penitenciária da SESP/SAAP/MT, Fabiana Siqueira, e a diretora da Penitenciária Feminina Ana Maria Couto May, Maria Giselma.

“Foi um sonho realizado, que há pelo menos 10 anos idealizei essa vontade de trazer a minha arte, esse projeto para cá, em poder ajudar essas mulheres a terem esperança na vida. Me trouxe muito prazer e alegria, graças ao Instituto INCA que elaborou o projeto. E eu fui muito bem recebida pela direção desta unidade, que abriu as portas e me deu total liberdade para que eu pudesse desenvolver o trabalho”, enfatiza Edilaine.

Para a realização do Telharte, foi feito um ateliê exclusivo para a confecção das bonecas nas telhas, estruturado com armários, ar condicionado, ventilador, mesas, cadeiras e todo o material necessário para a confecção de bonecas indígenas, princesas africanas, cowgirl, cearense, cuiabana, baiana, executiva, intelectual, noiva, entre tantas outras que foram criadas pela livre imaginação.

“Lá eu fui amiga, psicóloga, mãe, e todos os dias foram de muita amizade e alegria. Eu espero que esse projeto continue e não pare por aqui, porque ainda tem muita coisa para ser feita. Descobri um monte de artistas, mulheres inteligentes e criativas que vão empreender isso lá fora! Quando elas saírem irei ajuda-las com um projeto para que elas possam vender suas peças e ter uma renda, se assim desejarem, porque elas tem uma vida lá fora para continuar e resgatar a dignidade”, diz a artesã.

O projeto foi realizado em quatro meses de trabalho, totalizando 80 horas de aprendizado. Este processo surge como extensão do Ponto de Cultura “Quintal da Domingas”, berço do grupo Flor Ribeirinha, localizado na Comunidade de São Gonçalo Beira Rio, fazendo parte da tradição ribeirinha da antiga comunidade de pescadores.

“Os elementos utilizados na capacitação ampliam a possibilidade de inserção social, humanização e valorização, principalmente de mulheres privadas de liberdade. É uma forma de se amparar e coloca-las no mercado de trabalho. Foi bom para todos esse processo de acolhimento”, contextualiza a presidente do Instituto INCA, Cybele Bussiki.

A reinserção é viabilizada pela valorização, resgate e educação; democratização ao acesso a cultura; promovendo a melhora no comportamento e no convívio com os demais pelo trabalho

em equipe; e, no entendimento de nossos limites e respeito aos limites dos outros.
Por Beatriz Saturnino – Jornalista e Assessora de Imprensa

Célio

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