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Monark vai ao Flow e diz ter causado polêmica com defesa de "parada legítima"

Monark vai ao Flow e diz ter causado polêmica com defesa de "parada legítima"
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Mais de dois meses após ser desligado do Flow Podcast, Bruno Aiub, o Monark, retornou ao programa, desta vez como entrevistado na noite desta sexta-feira (29). Isso acontece pouco mais de uma semana após o canal no YouTube voltar a ser monetizado pela plataforma.

Depois de o podcaster ter sido criticado em massa por defender a existência de um partido nazista em um programa, ele foi afastado da empresa, se retirou por um período da internet, pediu desculpas e começou um novo podcast solo na plataforma Rumble, rival do YouTube – onde tem conversado com figuras polêmicas como o comentarista Adrilles Jorge e o deputado Arthur do Val (União Brasil).

Em paralelo, o Flow seguiu com o carioca Igor Coelho –Igor 3k– e novos apresentadores à frente da programação, mas sem a monetização. Desde então, conforme exposto nas redes sociais dos sócios, houve tentativas de recuperar o status do canal – que também passou a ser menos prestigiado pelo algoritmo do YouTube, segundo eles.

Decidiram lançar então um movimento com a hashtag #MonetizaFlow, que enfatizou como a equipe da produção – e consequentemente suas famílias – estavam sofrendo perdas financeiras em uma reação “desproporcional” da plataforma, além de ter afetado uma série de projetos do estúdio. O movimento foi apoiado por milhares de usuários, incluindo influenciadores como Casimiro e Rafinha Bastos.

No programa desta sexta, Monark foi entrevistado por Igor 3k e Gianluca Eugenio, diretor do programa. A conversa descontraída começou relembrando os primórdios do Flow, mas logo citou a polêmica que causou o desligamento. Nisso, Igor citou não sentir raiva de Monark, mas gratidão. “Mesmo eu tendo falado bêbado, de um jeito absurdo, uma parada que eu acredito, que é legítima?”, rebateu o podcaster.

Depois, disse que foi cancelado apenas por ter definido “a ideia da primeira emenda da Constituição americana, que é dar voz para todas as pessoas, incluindo as que falam atrocidades.”

Não citou, porém, que há precedentes, mesmo no judiciário americano, de restrições a expressões que incitam a violência iminente, ameaças reais, discursos difamatórios e obscenidades, por exemplo. Ainda assim, segundo o podcaster, seus canceladores teriam desconsiderado as partes em que ele critica os nazistas.

Segundo ele, relembrando a ocasião, houve uma campanha que teria unido, além das redes sociais, jornalistas e influenciadores para “tirar tudo que o Flow tinha”. Disseram também sobre outros momentos em que foram criticados, e Igor disse ter alertado Monark para tomar cuidado namaneira como falava certos assuntos.

“A forma como a gente se comunica na internet abre espaço para vagabundo entender o que eles querem”, afirmou Igor. Para Monark, o desmonte do canal foi promovdo pela “estratégia de um grupo organizado que quer impor sua visão de mundo”, uma parcela de pessoas que não aceitariam opiniões contrárias. Aproveitou para criticar patrocinadores que ficariam amedrontados com polêmicas.

Falaram ainda que muito do cancelamento viria de “um bando de moleques de 16 anos que não sabem nada da vida”, e que “esses caras fazem exército de gados que manipulam todo o nosso sistema de comunicação para destruir aqueles com que não concordam”. A partir daí, uma das missões do conteúdo do Flow agora, segundo Igor, seria promover diálogos entre as pessoas que pensam de maneira oposta.

“Tem uma galera, esse grupo de influenciadores, mais provenientes da esquerda, que querem que eu me mate mesmo e acabe logo a história para parar de encher o saco deles, mas eles são uma minoria, [porque] a maioria das pessoas quer uma vida livre, tanto que eu não perdi a minha capacidade de falar com meu público, porque a maioria do meu público não compra essa teoria do cancelamento”, complementou depois Monark.

Ele fala também que seu programa no Rumble, o Monark Talks, seria uma espécie de bastião da liberdade da expressão plena, à moda de sua visão da Constituição americana. Sozinho no novo programa, o rapaz de 31 anos diz que fica bêbado e “chapado” com menos frequência. “Meu consumo de drogas caiu em 20 vezes”, disse.

Dentre outros assuntos, Monark chamou de “absurda” a condenação do deputado bolsonarista Daniel Silveira (PTB-RJ) por quase dez anos pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por ataques feitos a integrantes da corte. Comentou a compra do Twitter por Elon Musk, e também falou da plataforma onde está atualmente, que para ele teria um sistema de comentários melhor que o YouTube. Também disse que, além do Rumble e do Odysee, todas as outras plataforma “são completamente compradas pela cultura do cancelamento”

Com uma proposta pluralista, a plataforma fez contratos tanto com Aiub – mais identificado à direita -, como com o escritor Ferréz – mais à esquerda -, também com um programa lá. A plataforma já recebeu volumosos recursos de investidores vinculados à direita conservadora dos EUA e abriga estrelas radicais como o estrategista político Steve Bannon e o radialista Dan Bongino. O veículo estatal russo RT também migrou para o Rumble depois de seu noticiário no YouTube ser banido na Europa.

Por outro lado, a plataforma já abriga, entre outros considerados progressistas, o jornalista Glenn Greenwald, a congressista norte-americana Tulsi Gabbard, que apoiou Bernie Sanders, e o cinegrafista Matt Orfela, que trabalhou para a campanha de Sanders nas primárias do partido democrata.

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